21 de março de 2012

10 dicas para contratar e manter bons funcionários

 Contratar bem é a alma de um bom negócio; manter os talentos é o desafio! Todas as decisões que são tomadas pelas empresas construirão o seu próprio futuro; e o recrutamento e seleção de pessoas não fica de fora de tais ações. São as pessoas que desenvolvem o sucesso ou o fracasso de uma organização, tornando este processo muito importante para a eficiência e eficácia das organizações.

Segue uma lista de dez dicas que facilitam o processo para contratar e manter bons funcionários:


1. Identidade


O primeiro passo é ter segurança do que é a sua empresa. Como ela funciona? Ela ocupa o lugar certo no mercado? Danilo Nascimento, diretor da consultoria BPC PME, diz que “achar alguém certo é achar alguém com a cara do negócio”.  Por isso é essencial definir que cara é essa. “Você só vai conseguir montar a equipe perfeita para a sua empresa quando tiver clareza do que ela é”, complementa Nascimento.

2. Competências

Outro aspecto importante é definir as competências que o seu negócio precisa ter para atingir os objetivos propostos. A dica do professor Antônio Paulo Lage Terassovich, da Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (FIA-USP), é mapear as competências que já existem, quando a empresa já estiver aberta, ou defini-las ainda no projeto.
É preciso ter humildade e ser crítico para saber o que não vai bem e precisa melhorar. O próximo passo é ir atrás dos profissionais que tragam as habilidades que faltam.

3. Seleção

É preciso pensar bem no formato da seleção, que pode ser feita dentro da própria empresa, por algum profissional de recursos humanos, ou de maneira terceirizada. Uma boa opção é contratar uma consultoria, que faz quase todo o processo, desde a atração até a triagem dos candidatos, deixando para o cliente apenas a palavra final.
A vantagem é que a seleção é feita por profissionais especializados, e o custo pode ser negociado, adequado ao perfil do contratante.

4. Escute mais do que fale

Algumas empresas de recursos humanos oferecem gratuitamente o serviço de atração do candidato, mas as entrevistas e testes devem ser feitos pelo próprio interessado. Se a empresa não tiver um profissional de RH e a seleção for feita pelo próprio empreendedor, é preciso cuidado na hora de preparar a entrevista.
Faça perguntas abertas, que deixe a pessoa falar. “Escute mais do que fale. Perguntas do gênero ‘como você é’ ou ‘conte-me sobre seu histórico profissional’ permitem verificar coisas essenciais, como o conhecimento da língua portuguesa, que em vagas com atendimento ao público é decisivo”, exemplifica Terassovich.

5. Conhecimento técnico

Nem sempre quem entrevista entende das funções do profissional que procura. Estude o currículo de seu candidato, tenha perguntas prontas sobre suas experiências e funções específicas. Uma dica é observar a terminologia que a pessoa usa, isso mostra que ela é do ramo ou não.
“O conhecimento técnico é a parte mais fácil de  avaliar durante a seleção”, diz Nascimento. Faça uma pergunta atrás da outra, sem pausa para que o candidato pense muito. Se alguma das experiências descritas no currículo não for verdadeira, ele vai se entregar nas respostas.

6. Valorização

Se funcionário e patrão ficam satisfeitos com o trabalho, é um grande sinal que a pessoa certa foi contratada.  “Quando uma pessoa está exercendo uma função que gosta e vê resultados em seu trabalho, a motivação é intrínseca”, diz Terassovich. O funcionário fica motivado, rende mais e pode crescer. 
Demonstre boa vontade em recompensar o bom desempenho, e vá além do tradicional aumento de salário. Estude as possibilidades de sua empresa oferecer uma promoção, viagens, benefícios extras, como um upgrade no plano de saúde, ou pagamento de cursos universitários.

7. Feedback

Quando estiver infeliz com alguma atitude, diga isso imediatamente ao funcionário. E quando estiver feliz, também. O feedback, que é mostrar ao profissional o que ele acerta e erra, é um método direto e simples de avaliação e pode ser aplicado diariamente. Tenha cuidado com a forma de falar, que não pode causar constrangimento.
O funcionário deve entender que seu trabalho é acompanhado e respeitado. Se aplicado corretamente, o feedback evita que erros se acumulem e  estimula que boas ações se repitam.

8. Transparência

Manter um modelo de avaliação que seja transparente não deixa dúvidas entre os funcionários de como está o desempenho de cada um. Assim, todos saberão os motivos exatos de estarem ganhando bônus ou aumento, quem vai ganhar mais por que teve melhor desempenho, e vão tentar repetir as ações premiadas. Transparência também é importante para que o funcionário não se sinta injustiçado e vá procurar valorização na concorrência.

9. Ambiente profissional

Fofocas e intrigas também frequentam as empresas e podem deixar seu funcionário desestimulado. Preste atenção em como está o clima entre as pessoas. Ser transparente em suas ações e na avaliação dos funcionários ajuda a manter o clima bom.
Ser direto e educado ao falar com todos os empregados também colabora para um clima leve. Evite brincadeiras se não houver intimidade suficiente entre você e as pessoas presentes na sala, para não causar mal entendidos.

10. Postura

O empreendedor deve aproveitar a estrutura da pequena e média empresa para se aproximar dos funcionários, fazer com que eles se sintam parte importante da empresa, e que eles consigam vê-la como um todo. É dando o exemplo de como seria um funcionário ideal que o empreendedor mostra aos seus funcionários o que fazer.
“Ninguém é um número na pequena e média empresa e isso dá dignidade, faz com que a pessoa se sinta parte importante do processo. O empresário precisa fazer o funcionário sentir-se parte da história”, aconselha Terassovich.





 
Fonte: Estadão MPE

18 de março de 2012

Conceituando Marketing



Grande parte da população e até mesmo certos empresários tem dificuldade em dar um conceito bastante significativo a respeito do marketing. Esse problema surge quando usamos ou percebemos o marketing de forma parcial, em pequenos pedaços, diante de um conjunto de características que ele possui. Termos como publicidade, telemarketing (call center), merchandising, anúncios, panfletos, etc, estão constantemente no dia-a-dia das pessoas e das empresas, o que deixa ainda mais complexo o entendimento conceitual do marketing, juntamente com algumas afirmações: “isso é puro marketing”, “que jogada de marketing fez aquela empresa..”, que também ajudam a dificultar seu significado.
Vamos começar definindo o que não é marketing. Publicidade, telemarketing, textos de divulgação que o gerente de marketing desenvolve, o trabalho do assistente de marketing quando desenha folhetos com anuncio de preços; tudo isso e mais um pouco não é marketing. Os termos citados são apenas fragmentos do que realmente é o marketing, ou seja, são as ferramentas na qual se desenvolve a ação do marketing.

Segundo a American marketing Association, “marketing é uma função organizacional e um conjunto de processos que envolvem criação, comunicação e entrega de valor para os clientes, bem como a administração do relacionamento com eles, de modo que beneficie a organização e seu público interessado”.

Fernando Dolabela (1999, p. 147), conceitua marketing como um “(...) processo de planejamento de uma organização que busca realizar trocas com o cliente, cada um com interesses específicos : o cliente quer satisfazer suas necessidades; uma empresa quer gerar receita.”

Ageu Barros (2005, p. 24), disponibiliza um conceito bastante simples na qual retrata o cotidiano de todas as organizações. Ele diz que “Tudo aquilo que a empresa deixa o cliente perceber é marketing.”

Para complementar este conceito, Philip Kotler diz que o “marketing é o processo de planejar e executar a concepção, a determinação do preço, a promoção e a distribuição de idéias, bens e serviços para criar negociações que satisfaçam metas individuais e organizacionais de forma lucrativa”.

Podemos resumir o marketing em apenas uma palavra: troca. É através do marketing que a empresa se comunica com o mercado e seus clientes! Essa comunicação seria mais ou menos assim: “olá freguês! Eu sou a empresa “x” e estou oferecendo essa linha de produtos e/ou serviços, que por sinal são de ótima qualidade! Não gostaria de experimentar? Sei que não irá se arrepender!”; ou seja, é através da disponibilidade de um bom ambientes de troca, que envolve o produto, preço, as promoções e seu ponto de venda.
É bastante interessante o conceito do autor Ageu Barros quando diz que o marketing é tudo que o cliente percebe sobre as empresas. Isso é uma realidade verídica! A limpeza de um banheiro, o tamanho da loja que vende o produto, as estratégias de preço e de descontos, a escolha do ponto de venda, a posição do produto na gôndola, o tamanho e o design da embalagem, a maneira como o motorista do caminhão pintado com as cores da empresa dirige, o tipo de couro usado para fabricação de um sapato, a voz e a forma com que telefonista que atende os telefonemas, a velocidade na qual a entrega é realizada, o atendimento pós-vendas, as garantias oferecidas ao produto ou serviço, etc; tudo isso é fazer marketing.
Citarei algumas questões na qual o marketing tem como responsabilidade:

  • Investigar novos nichos de mercado;
  • Identificar o perfil dos clientes;
  • Buscar novos produtos que proporcionem vantagem em relação à concorrência;
  • Criar e manter serviços personalizados aos clientes, de modo a manter um relacionamento de longo prazo entre a empresa e seus consumidores;
  • Utilizar adequadamente ferramentas como propaganda, promoção de vendas, etc;
  • Realizar e interpretar pesquisas de mercado;
  • Manter diálogo com as pessoas que lidam com os clientes.

O marketing tem como função ajudar as empresas a perceber se há a necessidade de promover mudanças. Vivemos em um ambiente empresarial totalmente dinâmico, movido pelas necessidades e desejos das pessoas. O diferencia está em atender de forma mais ágil tais necessidades e desejos dos clientes e desenvolver um bom ambiente de troca, onde empresa e fregueses lucrem com com a mesma.


O próximo post irá tratar de como fazer o marketing através de seu composto.





Abraços!





Fontes: BARROS, Ageu. Gestão Estratégica nas pequenas e médias empresas. Rio de Janeiro, 2005.


DOLABELA, Fernando. O segredo  de Luísa. São Paulo: Cultura Editora Associados, 1999.


LAURA, Figueira, CHERMONT, João, GONZALES, Cristina. O que é marketing. In:____Marketing a teoria em prática. Rio de Janeiro, 2009.


MINADEO, Roberto. 1000 perguntas - Marketing. Rio de Janeiro, 2005.

Como criar projeções financeiras confiáveis

Reajuste de aluguel, água e luz, aumento de salário dos funcionários, mudanças nas taxas de câmbio e na incidência de juros sobre produtos. Esses e outros fatores fogem ao controle do empresário, mas o afetam diretamente. No entanto, estratégias para lidar com todos esses itens, bem como, simplesmente, prever a quantidade de dinheiro no bolso ao fim de um período, dependem da saúde financeira do negócio.

É comum entre pequenos empreendedores, muitas vezes focados na parte técnica do negócio, não dar importância à projeção de finanças.
Com isso, surgem probelmas causados por projeções incertas e muito distantes da realidade do negócio. Isso pode causar dificuldades como estourar a conta ou não ter dinheiro para pagar um fornecedor, que poderiam ser evitadas com um simples planejamento.
“Se traçar custos e gastos com antecedência, o empresário consegue negociar prazos de pagamento e criar uma menor dependência de recursos de terceiros. Além disso, é possível tomar decisões sobre estratégias de cabeça fria, sem pressa”, destaca o consultor Márcio Iavelberg, da Blue Numbers consultoria empresarial.
Para o consultor do Sebrae-SP Luís Lobrigatti, a projeção funciona como uma bússola que guia o caminho da empresa e, por isso, deve ser muito bem feita e confiável. “O planejamento indica como vai vender, atender o cliente e qual o prazo que vai dar para pagamento e entrega. Toda a funcionalidade da empresa estará atrelada a essa projeção e evita que o empresário fique à mercê dos acontecimentos”, diz Lobrigatti.
Ou seja, fazer uma previsão financeira o mais próxima possível da realidade é fundamental para minimizar riscos de falência, além de reduzir a incerteza com relação às tomadas de decisão.
A principal recomendação é ser criterioso e ter bom-senso. “Projeção é um número incerto, baseados no histórico e validados em função da percepção do mercado, mas que deve estimular o trabalho para ser atingido”, destaca Lobrigatti. Além disso, é essencial ser sincero no momento de prever os custos e também as vendas. Caso possível, pode-se, inclusive fazer uma projeção mais favorável, outra para um cenário pior e, mais uma, projetando uma estabilidade.
De acordo com o consultor Márcio Iavelberg, o fluxo de caixa é um método que funciona como uma previsão detalhada e se baseia em definir as entradas e saídas que a empresa terá. “Com base em itens como faturamento passado, o que ainda se tem para receber e gastos fixos, consigo projetar se terei dinheiro ou não”.
Lobrigatti explica que o empresário deve levar em consideração a previsão de vendas, compras e gastos fixos. “Essa é uma forma de iniciar a projeção, pensando toda a empresa num período futuro”. O empreendedor junta o que vai receber de vendas nos próximos 3 ou 6 meses com o que já fez de compras e precisa pagar. “Uma atenção especial à inadimplência dos clientes. É bom calcular a média de atraso nos pagamentos para se programar também em função disso”.
Além de vendas e compras a realizar, o empreendedor deve considerar os custos com estoque, funcionários, impostos, seguros, entre outros. Também deve-se planejar investimentos como troca de frota de veículos ou equipamentos de informática. “Mas tudo dentro da capacidade da empresa, do que ela pode assumir de dívida e em quanto tempo terá que financiar para pagar.”
Levando em considerção o histórico do negócio, faz-se uma projeção dos próximos meses. “É um pouco menos detalhado que o fluxo de caixa, porque não considera todas as receitas e despesas diárias, mas o mês inteiro”, detalha Iavelberg.
Luís Lobrigatti ressalta a importância de se fazer projeções realistas. “Se o ritmo de vendas está em declínio, não é que se deva projetar diminuições, mas pensar em soluções para resolver isso”. Outro ponto que ajuda a tornar o planejamento mais real é considerar o cenário do segmento em que a empresa atua. 




Fonte: Exame

17 de março de 2012

Desafios da gestão pela qualidade

 Estamos presenciando através dos meios de comunicação uma avalanche de referências a respeito das dificuldades de competitividade por que passam as micro e pequenas empresas. Os assuntos centralizam-se em torno da reforma tributária, altas taxas de juros, financiamentos, folha de pagamentos, negociação com fornecedores, inadimplência, créditos, impostos, capital de giro, concorrência e competitividade. Enfim, a palavra chave é a competitividade.
Queremos neste artigo, clarear e amenizar um pouco esta situação, oferecendo aos nossos empresários uma reflexão, pois sabemos a importância e o que representam para a economia nacional na geração de emprego e renda. A nossa proposta para reflexão parte do princípio de que os pequenos e micro empresários, na pessoa de seu proprietário ou diretor, devem se conscientizar da importância que a oportunidade atual lhes está oferecendo para iniciar um processo de melhoria em suas empresas.
O mercado tem mostrado que a implantação de uma Gestão pela Qualidade Total torna as empresas mais produtivas e competitivas. Não podemos esquecer que por trás dos pequenos negócios, estão pessoas que ao mesmo tempo administram, compram, vendem, vão ao banco, realizam pagamentos, enfim são em muitos casos o “faz tudo” nas empresas.
Entretanto, é esta mesma pessoa que precisa parar por um instante e tomar uma decisão que rapidamente mudará os destinos, para melhor, de seu negócio, promovendo melhorias, cujos reflexos imediatos ocorrerão na maior competitividade e na elevação da satisfação dos Clientes.
A seguir relacionamos os desafios a serem enfrentados pelos empresários na implantação de uma Gestão pela Qualidade Total.
O primeiro desafio será desenvolver um Gerenciamento participativo interno, mudando a maneira antiga de “tocar” o negócio, para um novo modelo, com planejamento estratégico e mais participação, o que resultará também na maior motivação dos funcionários.
O segundo desafio será utilizar o planejamento como ferramenta em todas as atividades da empresa, seja ela de qualquer natureza, com o objetivo de evitar ações impensadas, que na maioria das vezes geram altos custos, desperdícios e falhas de toda espécie.
O terceiro desafio será monitorar continuamente o ambiente interno e externo da empresa, registrando, pesquisando e analisando as variações, incluindo a satisfação dos Clientes, o que garantirá o contínuo aprimoramento de seus serviços.
O quarto desafio será deixar de vez a informalidade. O mercado atual não comporta mais decisões informais com base na intuição, pois elas têm contribuído para a perda de competitividade.
Uma administração moderna não permite esse tipo de decisão, exigindo, velocidade e agilidade, e este desafio será obtido com a prática da Gestão pela Qualidade Total. A maior dificuldade nesta mudança, está na cultura de nossos empresários, resistentes a modelos de gestão onde a participação dos funcionários é a principal exigência.
Portanto, a aplicação dos princípios da Gestão pela Qualidade Total, é uma questão de sobrevivência e aumento da competitividade para milhares de empresas de micro e pequeno porte por esse Brasil afora.
Cultivar os novos hábitos da Gestão pela Qualidade Total passa a ser a tábua de salvação de nossos pequenos empresários, para assim elevarem a competitividade, num cenário de altíssima concorrência e de muitas dificuldades.
São decisões simples de tomar e que levarão a empresa a uma nova realidade em pouco tempo. Os resultados imediatos logo aparecerão, como maior motivação dos funcionários, melhor organização interna, maior colaboração, redução dos custos operacionais, menos desperdícios, maior produtividade, elevação no espírito da equipe, melhor planejamento das atividades, maior satisfação dos Clientes, e, por fim, uma maior competitividade da empresa.



Fonte: Samuel Paz

Empresas em guerra


Recentemente tirei de minha prateleira uma obra milenar que se chama "A Arte da Guerra", de Sun Tzu. Este livro traz para nós alguns pontos interessantes na qual a sua narrativa se desenvolve. Mas você pode me perguntar o que essa obra tem em comum com as empresas e o mundo dos negócios? Tudo! O livro tem como tema principal o mundo da guerra na antiga China, e hoje, possui total afinidade com o século XXI e as organizações modernas que constantemente buscam novos mercados, ou seja, novos clientes.
O processo de globalização trouxe ao mundo três situações na qual destaco: a internacionalização da economia, queda dos limites territoriais e a expansão da internet. Tais fatores deixaram o mundo dos negócios mais dinâmico e competitivo, o que obriga os gestores, executivos, donos de negócios, diretores e empreendedores, a reestruturar constantemente o modo de pensar e agir. Embora grande parte do mundo esteja em paz, livre de guerras com armas bélicas, não podemos negar a existência de outras, como, por exemplo, as guerras comerciais, guerras cambiais, guerras políticas, além das guerras empresariais, sendo esta última o foco deste post.
Em meio a este clima de "guerra" na qual todas as empresas estão inseridas, destaco um trecho da narrativa de Sun Tzu, que diz:

“A arte da guerra implica cinco fatores principais, que devem ser o objeto de nossa contínua meditação e de todo o nosso cuidado, como fazem os grandes artistas ao iniciarem uma obra-prima. Eles têm sempre em mente o objetivo a que visam, e aproveitam tudo o que vêem e ouvem, esforçando-se para adquirir novos conhecimentos e todos os subsídios que possam conduzi-los ao êxito.”


Verifica-se aqui a existência de uma percepção bastante aguçada por parte de quem deseja alcançar certos objetivos. Isso faz toda a diferença para as organizações!
Logo em seguida, enfatiza que para se conquistar a glória e o sucesso deve-se dar ênfase aos cinco fatores chaves: a doutrina, o tempo, o espaço, o comando e a disciplina.

  • Doutrina: está ligada a uma unidade de pensamento, uma maneira de viver. Nas empresas isso se refere a missão que a tal possui, ou seja, ser fiel e inquebrantável no que tange a sua existência. Toda doutrina possui normas e valores e isso necessita ser percebido por todos aqueles que interagem com a organização - sócios, gestores, funcionários, fornecedores e clientes.
  • Tempo: relaciona ao princípio yin e yang. Vamos traduzi-los para as palavras "positivo" e "negativo", respectivamente. É o que chamamos de extremos que se complementam. Tempos de bonança e escassez, crises e oportunidades, características positivas e negativas. Tudo isso as empresas convivem quse que diariamente.
  • Espaço: refere-se a ambiente (interno e externo) e suas características, tendo em vista tudo o que ele proporciona às organizações. Tempo e espaço necessitam ser analisados juntos!
  • Comando: é o amor pelos subordinados e pela humanidade em geral. Equidade neste ponto é fundamental, verficando qualidades positivas e negativas das pessoas em todos os processos da organização. Mesmo com as mais diversas tecnologias existentes isso se torna importante porque o sucesso e as mudanças sempre passarão pelas mãos do ser humano.
  • Disciplina: Os termos abordados aqui são a liderança, hierarquia e deveres dos colaboradores, ou seja, o líder precisa liderar a invés de comandar. 
Podemos concluir que todos os pontos acima possuem caracterísiticas de uma Administração moderna e que questões como planejamento estratégico são percebidas quando se refere a unidade de pensamento - doutrina (missão da empresa); visão sistêmica do tempo e espaço, sempre verificando pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças (análise SOWT); liderança, desenvolvimento pessoal e empresarial quando se refere ao comando e disciplina, utilizando sempre o lado positivo das pessoas e a manutenção de suas características negativas.


Muitas pessoas possuem certo preconceito quanto ao livro quando verificam seu título “A arte da Guerra”. De fato, é forte. Mas seu conteúdo possui verdades que se praticadas, atuam para o desenvolvimento humano e empresarial. O autor mostra claramente como um líder e as empresas devem se comportar diante das "guerras" e dos problemas; enfatiza ainda que “É melhor ganhar a guerra antes mesmo de desembainhar a espada” e mostra as atitudes que um líder deve evitar - a precipitação, a hesitação, a irascibilidade (disposição para se irritar), a preocupação com as aparências e a excessiva complacência (tolerância).

A lição que o livro deixa aos leitores  é: "a primeira batalha é contra nós mesmos". E de fato é! Sempre foi e será.


"Conhece teu inimigo e conhece-te a ti mesmo; se tiveres cem combates a travar, cem vezes serás vitorioso.
Se ignoras teu inimigo e conheces a ti mesmo, tuas chances de perder e de ganhar serão idênticas.
Se ignoras ao mesmo tempo teu inimigo e a ti mesmo, só contarás teus combates por tuas derrotas." Sun Tzu




Abraços e até a próxima!

12 de março de 2012

O empreendedor e suas características

A grande pergunta que os pesquisadores se fazem é: “Quais sãos as características dos empreendedores de sucesso? Eles têm algo que os diferencia dos outros?” Hoje há muita concordância entre os cientistas sobre as características dos empreendedores de sucesso: traços da personalidade, atitudes e comportamentos que contribuem para alcançar o êxito nos negócios.

Mas por que essa preocupação em identificar o perfil do empreendedor de sucesso? Para que possamos aprender a agir, adotando comportamentos e atitudes adequadas. É importante termos consciência, entretanto, de que ainda não se pode estabelecer uma relação absoluta de causa e efeito. Ou seja, não se pode afirmar que uma pessoa dotada de tais características irá necessariamente alcançar o sucesso como empreenéedor. O que se pode dizer é que, se determinada pessoa apresenta as características e aptidões mais comumente encontradas nos empreendedores, mais chances terá de ser bem-sucedida.

A pesquisa acadêmica sobre Empreendedorismo é relativamente recente e está ligada à grande importância que a pequena empresa exerce no quadro econômico do mundo atual. Esse ramo do conhecimento está ainda em uma fase pré-paradigmática, já que não existem padrões definitivos, princípios gerais ou fundamentos que possam assegurar de maneira cabal o conhecimento na área. Questões cruciais, como: “É possível ensinar alguém a ser empreendedor?”, “Quais as características determinantes no empreenderor de sucesso?”, não encontraram ainda respostas definitivas, apesar de a publicação acadêmica na área atingir mais de mil artigos por ano, em cerca de 50 congressos e 25 títulos especializados.

Se ainda incapazes de estabelecer relações de causa e efeito, as pesquisas desenvolvidas por acadêmicos e praticantes das mais diversas correntes conseguem, no entanto, encontrar pontos em comum no que diz respeito às principais características encontradas nos empreendedores de sucesso. Sem conotações determinísticas, tais características têm contribuído para a identificação e compreensão de comportamentos que podem levar o empreendedor ao sucesso, servindo de base para o ensino na área. Em outras palavras, não se pode dizer que o sucesso decorre tão-somente de determinadas características comporta-mentais, mas certamente se pode afirmar que um conjunto de condições, presentes no indivíduo, contribuirá para o seu sucesso como empreendedor.
Um dos campos centrais da pesquisa na área do Empreendedorismo concentra-se no estudo do ser humano e dos comportamentos que podem conduzir ao sucesso. Por outro lado, o conjunto que compõe o instrumental necessário ao empreendedor de sucesso — o know-how tecnológico e o domínio de ferramentas gerenciais — é visto como uma conseqüência do processo de aprendizado de alguém capaz de atitudes definidoras de novos contextos: o empreendedor. Em outras palavras, o indivíduo dotado dos pré-requisitos necessários ao bom desempenho como empreendedor saberá aprender o que for necessário para a criação, desenvolvimento e realização de sua visão. No ensino do Empreendedorismo, o ser e mais importante do que o saber: este será conseqüência das características pessoais que determinam a sua própria metodologia de aprendizagem.

Baseados em pesquisas, apresentamos, a seguir, um resumo das principais características dos empreendedores:

  • O empreendedor tem um “modelo”, uma pessoa que o influencia;
  • Tem iniciativa, autonomia, autoconfiança, otimismo, necessidade de realização;
  • Trabalha sozinho;
  • Tem perseverança e tenacidade;
  • O fracasso é considerado um resultado como outro qualquer. O empreendedor aprende com os resultados negativos, com os próprios erros;
  • Tem grande energia. É um trabalhador incansável. Ele é capaz de se dedicar intensamente ao trabalho e sabe concentrar os seus esforços para alcançar resultados;
  • Sabe fixar metas e alcançá-las. Luta contra padrões impostos. Diferencia-se. Tem a capacidade de ocupar um espaço não ocupado por outros no mercado, descobrir nichos;
  • Tem forte intuição. Como no esporte, o que importa não é o que se sabe, mas o que se faz;
  • Tem sempre alto comprometimento. Crê no que faz;
  • Cria situações para obter feedback sobre o seu comportamento e sabe utilizar tais informações para o seu aprimoramento;
  • Sabe buscar, utilizar e controlar recursos;
  •  É um sonhador realista. Embora racional, usa também a parte direita do cérebro;
  • É líder. Cria um sistema próprio de relações com empregados. É comparado a um “líder de banda”, que dá liberdade a todos os músicos, extraindo deles o que têm de melhor, mas conseguindo transformar o conjunto em algo harmônico, seguindo uma partitura, um tema, um objetivo;
  • É orientado para resultados, para o futuro, para o longo prazo;
  •  Aceita o dinheiro como uma das medidas de seu desempenho;
  • Tece “redes de relações” (contatos, amizades) moderadas, mas utilizadas intensamente como suporte para alcançar os seus objetivos.A rede de relações interna (com sócios, colaboradores) é mais importante que a externa;
  • O empreendedor de sucesso conhece muito bem o ramo em que atua;
  • Cultiva a imaginação e aprende a definir visões;
  • Traduz seus pensamentos em ações;
  • Define o que deve aprender (a partir do não definido) para realizar as suas visões. É pró-ativo diante daquilo que deve saber: primeiramente define o que quer, aonde quer chegar, depois busca o conhecimento que lhe permitirá atingir o objetivo. Preocupa-se em aprender a aprender, porque sabe que no seu dia-a-dia será submetido a situações que exigem a constante apreensão de conhecimentos que não estão nos livros. O empreendedor é um fixador de metas;
  • Cria um método próprio de aprendizagem. Aprende a partir do que faz. Emoção e afeto são determinantes para explicar o seu interesse. Aprende indefinidamente;
  • Tem alto grau de “internalidade”, o que significa a capacidade de influenciar as pessoas com as quais lida e a crença de que pode mudar algo no mundo. A empresa é um sistema social que gira em torno do empreendedor. Ele acha que pode provocar mudanças nos sistemas em que atua;
  • O empreendedor não é um aventureiro; assume riscos moderados. Gosta do risco, mas faz tudo para minimizá-lo. É inovador e criativo. (A inovação é relacionada ao produto. É diferente da invenção, que pode não dar conseqüência a um produto.);
  • Tem alta tolerância à ambigüidade e à incerteza e é hábil em definir a partir do indefinido;
  •  Mantém um alto nível de consciência do ambiente em que vive, usando-a para detectar oportunidades de negócios.

8 de março de 2012

10 pontos importantes sobre finanças para MPEs

Freqüentemente, contadores e consultores especializados em pequenas empresas dizem que estas não prestam atenção suficiente ao fluxo de caixa, que é a medida da quantidade de dinheiro que realmente existe na empresa.

Desconfie dos grandes contratos

"Pequenos empresários aceitam grandes pedidos que acabam colocando a empresa em situações difíceis", alerta Ronald Lowy, chefe do departamento de administração de empresas de uma universidade. "Eles querem ganhar o grande contrato, mas não recebem antecipadamente dinheiro suficiente, nem têm reservas de caixa para pagar os trabalhadores e outras contas enquanto esperam pelo pagamento do cliente. Podem até exibir lucro em termos de provisão contábil, mas do ponto de vista do fluxo de caixa, isso não se repete."

Judith Dacey, contadora pública certificada, considera a demonstração de fluxo de caixa "provavelmente a ferramenta mais importante para indicar se a empresa está no caminho certo". Ela descreve como os membros do conselho de administração de uma organização sem fins lucrativos, por exemplo, não estavam cuidando corretamente dos demonstrativos de fluxo de caixa.

"Eles contratavam pessoas, gastavam dinheiro nas campanhas dos membros e faziam tudo isso usando o dinheiro que pensavam ter com base nos demonstrativos de lucros e perdas", recorda Dacey. "Não percebiam que o demonstrativo de lucros e perdas era uma provisão contábil, o que basicamente significa que você está lidando com promessas em papel de pagamentos futuros, e não com dinheiro que já está depositado no banco".
O conselho notou a dificuldade somente quando a organização teve um cheque devolvido por falta de fundos. Foi necessário demitir empregados e apertar o cinto para valer. "Aquilo poderia ter sido evitado se eles tivessem observado os demonstrativos de fluxo de caixa", sustenta Dacey. "É a demonstração de fluxo de caixa que diz 'olhem, sei o que dizem os números maravilhosos das perdas e lucros, mas este aqui é o dinheiro que entrou de verdade na conta e que está disponível para vocês'".
Uma demonstração de fluxo de caixa começa com a parte final da demonstração de perdas e lucros — a linha que mostra sua receita líquida. Vários ajustes então são feitos nesse número, inclusive reduzindo a receita com faturas registradas como receita e que ainda não foram pagas, incluindo a depreciação regressiva, considerando as contas que sua empresa ainda não pagou e vários outros ajustes. Não vou entrar em detalhes sobre a demonstração do fluxo de caixa — um bom programa de contabilidade que calcula perdas e lucros e balanços patrimoniais também pode fazer essa demonstração.

De olho nos 10 fatores mais importantes

Se você já estabeleceu uma forma de acompanhar o fluxo de caixa, pode prosseguir organizando e controlando 10 fatores financeiros da sua empresa. A lista é longa, mas não se assuste: assim como você fez com os demonstrativos de lucros e perdas, é possível aproveitar as vantagens de programas que automatizam o controle destas tarefas.

1- Quais são seus ativos?

Sim, sabemos que ativos são tudo aquilo que a empresa possui. Controlar a quantidade de equipamento, mobília, imóveis e outras posses deve ser tarefa fácil. Mas para ter uma idéia real do valor da empresa, também será necessário acompanhar as oscilações do valor desses bens. Não é incomum vermos pequenas empresas localizadas em imóveis que valem mais que o próprio negócio. (Será que todos temos esse problema?) Da mesma forma, também será uma boa prática verificar o declínio no valor (depreciação) de bens como computadores e móveis de escritório.

2- Quais são suas obrigações?

Mais uma vez, é uma tarefa aparentemente fácil — obrigação é que você deve. Mas suas dívidas nem sempre são óbvias como um boleto bancário. Impostos sobre a folha de pagamento são um tipo de obrigação que você pode adiar mensal ou trimestralmente, dependendo do tamanho da empresa. Empréstimos são uma obrigação clara, mas ao pagá-los é uma boa idéia controlar o quanto foi gasto no principal e nos juros.

3- Qual é o custo de produção daquilo que você vende?

Se você estiver comprando um item pronto para revenda, essa é uma tarefa relativamente fácil. Fica mais complicado quando é preciso calcular todos os fatores, como mão-de-obra, que integram a fabricação de um produto.

4- Quanto custa vender?

Publicidade, marketing, mão-de-obra, estoque e a categoria genérica da sobrecarga — é útil saber quanto custa colocar um produto no mercado, bem como o custo de sua criação.

5- Qual é a sua margem de lucro bruto?

Este cálculo é feito dividindo-se o total de vendas pelo lucro bruto. Se a margem de lucro bruto permanecer consistente ou tender a subir, é provável que você esteja ajustando os preços adequadamente para refletir as mudanças entre o preço pago e o custo da venda ou produção.
A possibilidade de identificar uma margem em declínio permite que você ajuste seus preços ou custos. Na pior hipótese, é claro, o lucro bruto e a margem bruta desaparecem totalmente. Nesse caso, você será como a pessoa que perdeu dinheiro em todas as vendas, mas imaginou que pudesse compensar no volume. Não siga esse caminho.

6- Como anda a relação entre dívidas e ativos?

Essa relação pode permitir que você conheça a quantidade de itens que existem na empresa e que pertencem à outra pessoa — seu financiador. Um aumento nessa relação pode ser um mau sinal — ele tanto pode ocorrer devido a uma grande expansão, como indicar que você está dando um passo maior que a perna.

7- Qual é o valor das contas a receber?

Esse é o montante que outras pessoas devem a você. Valorize a capacidade de controlá-lo: se as contas a receber estiverem aumentando, isso pode ser um sinal de que o pessoal que está comprando de você está começando a tropeçar. E isso é especialmente verdadeiro se as contas a receber, como porcentual do total de vendas, estiverem aumentando.

8- Qual é o tempo médio de cobrança das contas a receber?

Provavelmente, esta é uma das informações mais importantes para empresas em contenção de despesas, porque ela indica o tempo durante o qual você atuará como 'banqueiro' para seus devedores. Para calculá-lo, você precisará conhecer a média diária de vendas e dividi-la pelo número de contas a receber.

9- Qual é o valor das contas a pagar?

O outro lado das contas a receber. Um aumento nas contas a pagar pode simplesmente refletir uma política de alongamento do prazo de pagamento de contas, ou um número maior de compras. Mas um aumento não planejado ou gerenciado pode ser um aviso interno de que a estrutura financeira da empresa está enfraquecendo.

10- O que está acontecendo com o estoque?

Algumas vezes, até mesmo no mundo do negócio just-in-time, é uma boa idéia montar um estoque robusto.
Se os preços dos itens que você vende ou usa na produção estiverem relativamente baixos, pode fazer sentido investir algum dinheiro no estoque. Eu mesmo gostaria de ter estocado um tanque cheio de óleo para aquecedor na última primavera, quando o preço estava em torno de US$1 por galão.
A capacidade de controlar o estoque e de saber quanto tempo ele demora para ser vendido ou transformado permite identificar se o negócio está crescendo ou minguando. Essa capacidade também indica o valor que poderia ser usado em outros pagamentos e investimentos e que está atrelado a esses bens improdutivos.
O controle desses dez importantes fatores e o acompanhamento do fluxo de caixa são essenciais para a saúde da empresa; por isso, não tenha medo de procurar ajuda junto a profissionais e fornecedores de serviços.


Como anda a imagem da sua empresa?


Começo este post perguntando a você quanto vale a imagem de sua empresa?
Talvez você não tenha idéia de quanto este assunto é importante para as empresas, sejam elas de grande ou de pequeno porte. A imagem empresarial é um patrimônio que não pode ser tocado, visto ou medido quantitativamente e precisa de muita atenção por parte das organizações. Uma boa imagem no mercado mantém bons relacionamentos com consumidores, fornecedores, e funcionários; e precisa ser perseguida e mantida a qualquer custo.
A imagem empresarial é formada através de alguns fatores-chaves na qual os mais diversos públicos percebem ser importantes, determinando para a empresa e mercado a sua reputação, ou seja, isso é percebido através do comportamento da empresas quando ofertam seus produtos, bem como sua venda e relação pós-vendas. Percebe-se que a reputação (positiva ou negativa) é construída através de uma corrente constante de ações junto a seus consumidores.
Uma sólida reputação é capaz de garantir às empresas um aumento na participação do mercado, menores custos com publicidade, propaganda, atrai profissionais talentosos e garante crescimento constante nos lucros, revelando de maneira clara como uma estratégia organizacional geradora de rendimentos futuros. Os empresários e administradores  precisam compreender que este patrimônio necessita ser monitorado. As notícias nos dias atuais se distribuem rapidamente através dos mais diversos canais, principalmente na internet, dificultando tal monitoramento e revelando tal importância.
O problema da má reputação começa a surgir quando as empresas não dão a devida atenção à seus consumidores, fornecedores e funcionários, quando surgem as famosas reclamações. Já relatamos no post “Seja você o padrão de qualidade” que a natureza natural do homem é de insatisfação, levando o surgimento de certas exigências por parte dos consumidores.
Existe um raciocínio que explica como se dá o surgimento da imagem organizacional. A teoria dos Jogos explica que o modo de agir de uma empresa no passado passa a ser acreditada como sua característica inerente, responsável por sua reputação presente e indicando como agirá no futuro. Sendo assim, evitar e/ou solucionar problemas levantados por aqueles que interagem com a empresa é fundamental para o desenvolvimento de uma boa reputação. Isso acaba por forma pensamentos positivos ou negativos a respeito das organizações e determinam que produtos ou marcas são confiáveis no mercado.
Algumas empresas como a Apple, a Coca-Cola, ou exemplos nacionais como, as Havaianas e a Netshoes, mostram tal obsessão por uma imagem empresarial. Todas elas mostram sucesso e usam sua boa reputação para se destacarem no mercado.
Minha opinião a respeito de uma boa ou má reputação está ligada diretamente a uma ação fundamental das organizações: A atenção com os clientes. É esta a variável que está fazendo toda diferença em qualquer negócio e que transmite ao mercado o quanto a empresa preza pela imagem organizacional. As empresas que citei como exemplos se destacam quando o assunto é dar atenção aos seus clientes. Principalmente em momentos pós-venda. 
Mas afinal, o que é a imagem? Vejamos o que diz Kotler e Andreasen:

“Imagem é a soma de crenças, atitudes e impressões que uma pessoa ou grupo tem de um objeto, uma pessoa, um lugar, uma marca, um produto ou uma empresa.”

Nota-se então que a criação de uma imagem é algo totalmente subjetivo, pode ser falsa ou verdadeira, imaginada ou real. O que é bom e perfeito aos meus olhos pode não ser para você. E claro que neste contexto cheio de subjetividade existem atributos-chave para uma boa reputação na qual empresas de renome no mercado utilizam. Vejamos: 
  • Habilidade em atrair, desenvolver e manter pessoas talentosas;
  • Capacidade de inovação (criatividade);
  • Solidez financeira
  • Responsabilidade com a comunidade e ambiental;
  • Valor como investimento a logo-prazo;
  • Qualidade do gerenciamento;
  • Qualidade de produtos e/ou serviços;
O primeiro ponto é vital, pois sem pessoas talentosas não existe desenvolvimento empresarial. A capacidade de inovação está relacionada ao desenvolvimento de novos produtos e serviços, bem como a procedimentos que facilitem a gestão. A solidez financeira te respalda principalmente com os credores, ou seja, bancos, fornecedores, funcionários, etc.; afinal, ninguém gosta de se relacionar com maus pagadores. A responsabilidade com a comunidade na qual a empresa está inserida e fundamental, trazendo renda e desenvolvimento para aquela região, sempre com o compromisso na preservação do meio ambiente, evitando desperdícios e reutilizando o que pode ser reaproveitado. A qualidade no gerenciamento e a qualidade de produtos e serviços estão ligadas fortemente. Só há bons produtos e serviços se houver uma boa gerencia; a aplicação de técnicas e procedimentos de forma correta garante a organização resultados que aparecerão com o aumento nas vendas.
Outra grande pergunta que podemos citar é: como medir e monitorar a imagem da minha empresa? Simples! Através de pesquisas que verificam o grau de satisfação dos clientes.
Você sendo o gestor de uma organização pode elabore um questionário para analisar como está sendo percebida a imagem de sua empresa abordando pontos como, por exemplo, atendimento pré e pós venda, se o produto ou serviço atendeu as necessidade do cliente, se os fornecedores e funcionários estão satisfeitos com a empresas, etc.
A questão principal de tudo isso é sempre buscar o quanto antes o desenvolvimento e/ou a manutenção da imagem empresarial. Se sua empresa está sendo vista de forma negativa pelo mercado, recebendo várias reclamações, atente para isso e busque solucionar tais problemas. Mas se sua empresa encontra-se com uma imagem positiva no mercado, use-a para buscar uma maior participação no mercado e se diferenciar de seus concorrentes; afinal... imagem é fundamental.



4 de março de 2012

A importância do RH nas MPEs




Li uma certa vez que os micro e pequenos empresários vivem apagando incêndios, ou seja, são eles que vão resolver todos os pequenos problemas que aparecem, além de cuidarem da gestão de toda a empresa, correndo atrás de fornecedores, bancos, clientes e outras coisas. Eles então não têm tempo de se preocupar com questões que parecem menores, como o fortalecimento de um setor de recursos humanos, além de que isso lhes custaria muito caro e provavelmente é um investimento que eles não estão dispostos a fazer nesse momento, por diferentes motivos.
Porém, uma coisa que devemos levar em consideração é que em uma empresa de pequeno porte o cuidado com as pessoas deve ser algo muito importante. No nosso atual sistema social, acredita-se que se prende um funcionário no trabalho com o medo do desemprego ou com a ameaça de que “sempre tem alguém que pode trabalhar no seu lugar”. Pensa-se que dessa forma o empregado vai ficar dócil e obediente, com medo de ser mandado embora. Recupera-se aqui antigas concepções de Maquiavel, mesmo que sem querer, onde um líder (ou o príncipe, como dizia o filósofo) deve liderar pelo medo.
Mas hoje sabemos que não devemos tratar as pessoas assim, porque isso não é garantia de que ele ficará na empresa. É por isso que muito empresário teme em investir em seus funcionários, porque teme que eles possam trabalhar para a concorrência. Mas se o empresário cria um clima de medo em sua empresa, é muito provável que isso possa acontecer sim. E é por isso que o empresário de pequeno porte precisa pensar em uma boa gestão de recursos humanos para a sua empresa.
Isso não quer dizer que ele precise contratar uma pessoa especializada em recursos humanos para cuidar disso para ele. Mas quer dizer que o empresário precisa pensar que um custo em recursos humanos é mais um investimento que lhe trará retornos e acrescentará no valor da sua empresa.
Investir em recursos humanos também não quer dizer ter um departamento que cuide dos recrutamentos, seleções, contratações, treinamentos, avaliações e demissões, até mesmo porque em uma empresa de pequeno porte essas questões não são tão rotineiras assim.
Investir em recursos humanos quer dizer ter um olhar mais cuidadoso com as pessoas que trabalham em sua empresa, é criar um ambiente de trabalho onde todos se sintam em casa, se sintam confortáveis e com vontade de voltar lá no dia seguinte, não só pelo salário ou pelas obrigações, mas porque eles realmente gostam do que fazem e onde fazem.
Investir em recursos humanos quer dizer adotar uma postura de liderança autorizada e não autoritária, onde os funcionários e empregados recorram ao lider como alguém que realmente sabe o que fazer e não como alguém que quer as coisas feitas.
Investir em recursos humanos é treinar e capacitar seus funcionários, ao mesmo tempo que se tem um bom plano de carreira, que o funcionário se veja crescendo junto com a empresa.
Investir em recursos humanos é investir no crescimento da própria empresa, já que ela só vai crescer se as pessoas nela crescem também.


Autor: Bruno