8 de novembro de 2012

Descobrindo o trabalho em equipe

Existe uma vasta gama de artigos, manchete de revistas e referências bibliográficas quando o tema é "trabalho em equipe". Nas entrevistas de emprego e treinamentos empresariais, o que mais se vê são os gestores de Recursos Humanos, Psicólogos ou até mesmos os próprio dono do negócio buscando essa tal qualidade: fazer com que seus colaboradores trabalhem em equipe. A história da Humanidade nos mostra que sempre fomos bem sucedido trabalhando em equipe. 
A milhões de anos atrás o homem caçava em grupos e viviam com melhor qualidade de vida quando se aglomeravam em tribos ou clãs. O fato era sobreviver e superar desafios - ecasses de alimentos , defender-se das guerras ou até mesmo sair à batalha para conquistar novos territórios.
Hoje, o mundo moderno é marcado por uma característica. A individualidade. Somos treinados para isso! Escolas, empresas, família, todos eles no ensinam que precisamos alcançar NOSSOS objetivos, o SEU objetivo. Nada contra, isso é saudável sim! Mas o que precisamos descobrir é ate que ponto eu e você conseguimos trabalhar individualmente sem comprometer nosso desempenho.
Por sua vez, as empresas precisam de seus funcionários para alcançar seus objetivos, indivíduos precisam das empresas para obter renda e uns dos outros para terem o que desejam. 
Penso que administradores, coordenadores, gerentes e donos de negócios que possuem um caráter egoísta não se sustentarão e empresas egoístas que pensam apenas no lucro não terão continuidade no mercado. É instintivo do homem perceber se o seu semelhante ou uma empresa está em um estado egoísta.
Um dos papéis que os gestores possuem, e que qual deveriam gastar bem mais tempo com esta questão, é a de analisar as pessoas com quem trabalham. Conhecer de fato como a sua equipe de trabalho se comporta, se é produtiva, e se são unidos para alcançar os objetivos e metas do negócio. Perguntas como: o que cada um de meus colaboradores possui de melhor? quais seus pontos fortes? quais seus pontos fracos? quem se desenvolve com mais rapidez? quais os que possuem maior dificuldade? quem se adapta com maior facilidade? que tipo de equipes eu possuo? trabalhamos como uma equipe? até que ponto? etc, devem ser instigadas pelo líder.  Gosto muito de um conceito de Peter Druker (1992) que fala sobre tipos de equipes. Ele usa metaforicamente equipes que atuam nos esportes. Usa uma equipe de beisebol, uma time de futebol e uma dupla de tênis. Cada grupo possui sua estrutura própria, cobrança e comprometimento exigido de seus membros, pontos fortes e fracos, limitações, exigências e como se deve ser utilizado (otimização de desempenho).

• Equipe de beisebol: cada jogador é um especialista na sua posição, jogam “na” equipe e não “como” equipe, possuem posição fixa. Como exemplo, temos a linha de montagem de Henry Ford ou uma sala de cirurgias. Não se tem a flexibilidade de terceiros auxiliarem no trabalho do outro.

• Time de futebol: jogadores possuem posições fixas, jogam como equipe. Como exemplo, temos a montadora japonesa Toyota, que todos os seus departamentos (marketing, projetos, finanças, produção, P&D, etc) trabalham de forma paralela, dependentes uma das outras.

• Dupla de tênis: jogadores possuem posições primárias ao invés de fixas. “Cobrem” os companheiros de equipe conforme seus pontos fracos ou ajustando-se conforme as exigências do “jogo”. Como exemplo, temos funcionários ou até mesmo os próprios donos de pequenos negócios que precisam “cobrir” déficits de funcionários e outras situações.

A realidade e que não existe equipe pronta. Existe um início,  nunca o fim. Cabe ao gestor (líder) encontrar um padrão para sua organização, tendo em mente que cada situação precisa de soluções diferentes e tipos de equipe (pessoas) que se adaptam ao momento.
Uma das ações para alcançar o ápice das equipes de trabalho seria o seu estudo (pesquisar) e desenvolvimento de métricas de avaliação de desempenho e mapeamento de competências, para gerar informações dos indivíduos de sua equipe. O desenvolvimento e a formação de equipes precisam passar por estas avaliações individuais para monitoramento e desenvolvimento, deixando assim muito mais fácil a análise e a formação de equipes.
O século 21 é dinâmico. Empresas, equipes e indivíduos precisam seguir ou antever tendências para alcançar o sucesso administrativo e garantir futuro às organizações.